quarta-feira, 18 de março de 2009

Do deputado estadual Coronel Edson Ferrarini (PTB-SP) sobre a morte do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP)

"É uma pena, não deu tempo de ele fazer mais pela Câmara dos Deputados. Ele era uma pessoa que a gente percebia estar muito motivada para os trabalhos".


Pergunta: Que Trabalhos?

O Brasil é isso, o Brasil é tudo o que não queríamos que ele fosse. Entenderá a pergunta os Brasileiros e ninguém mais.

EGS

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quero ser veado.



Uma teoria diz que os homens vieram do macaco, que suas habilidades foram mudando e assim, foram criando ferramentas que os ajudaram a caçar melhor se comunicar e adequar seu tipo físico de modo que, muitos anos depois, evoluiu, sofreu um “upgrade” e se tornou um homem.

Sabendo que macacos ainda existem, sugiro que os estudiosos e defensores da teoria façam um “reality show” com macacos num cenário rústico, como era em outrora lá, no comecinho de tudo. Assim, a humanidade através das gerações vai saber se é possível acontecer esse “upgrade” num símio.

E se o macaco evoluir, se houver mesmo esse progresso, essa possibilidade de um macaco virar homem, então haverá também possibilidade de um dia eu sofrer um “upgrade” de Homem para veado.

Chega desse papo da teoria da evolução. Cacete!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


É eu sei, há tempos não escrevia. Necessitava ver, perceber e apurar.

E agora estou aqui pra contar pra mim mesmo ou pra quem ler o que se passa, ou melhor, se passou durante meu silêncio.

Aliás, silêncio tem ou não o “chapeuzinho do vovô”, como aprendi na escola? Ou acento “circunflexo” pros mais letrados, hein?

O fato é que, nosso presidente semi-analfabeto assinou a reforma ortográfica, mesmo sem saber o que se passava antes das novas regras. Agora ele eu e mais um monte de gente, ficamos em dúvida no ato de escrivinhar. Mas o importante mesmo é que se entenda o que se escrivinhou-se.

Vi, percebi, apurei e reprovei a reforma.

Estava eu e, como diria meu amigo Renato: “mais uma “ruma” (muita) de gente” no ônibus quando vi cada pessoa, reparei o jeito, fala, comportamento e apurei que a maioria são pessoas pouco desprovidas ou totalmente desprovidas de beleza. Alias, nunca vi ninguém muito bonito(a) num ônibus.

Pois bem, vi branco, preto, amarelo, rosado, marrom, com três, dois, um monte ou nenhum dente na boca.

Vi um homem fazer amizade com o cobrador que já flertava com uma garota e teve que parar pra ouvir o pobre homem que dizia:

- Rapaiz, siviço ta difícil hoje em dia né não?”
- É, a coisa ta braba, eu pelo menos to fazeno minha correria aqui né. Replicava o cobrador.

Logo desviei minha atenção e me propus a escutar outro diálogo entre duas senhoras que era mais ou menos exatamente como segue:

- Mulé tu deu o recado a Cristiano?
- Vixi Tereza !!! minha nossa senhora! dei não oh! Mas tombem mulé aquele homi num para em casa! É um fogo pra sair que benza Deus! dizia a tal da Tereza.

Procurando por mais desses diálogos engraçados, comecei a prestar atenção em dois jovens que provavelmente estavam indo ao centro da cidade fazer compras na galeria do rock:

- Ah mano seilá velho, tipo, o som dos cara tem muito delay ta ligado, não curto não mano. Sô mais uma levada nirvana.
- Eu curto pá carai, o som dos caras é foda mano! Respondia ao seu amigo, discordando de sua opinião.

E assim fui observando o máximo de diálogos que pude porque além de feio era engraçado e me ajudou a chegar ao destino sem que eu percebesse que estava em pé num ônibus cheio, cheio de “pobre”. Entendam-me bem.

Contudo, apesar do meu esforço, não encontrei ninguém capaz de falar uma frase inteira com concordância verbal ou palavras bem pronunciadas.

Aqui no nosso país o importante é escutar, não precisa nem entender. Aqui no nosso país 90% do território é ocupado por gente assim, e 99,9% do ônibus são dessas pessoas.

E o pior disso tudo é que essas pessoas escrevem, lêem, votam!!! E votam através de um computadorzinho que coloca automaticamente o “chapeuzinho do vovô” nas palavras sendo que a reforma já está em vigor!

Vigor? depois disso é disso que preciso. Vou ler um livro.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009



E eu também não sei pq isso me causa estranheza, é tão normal.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Não quero isso, não quero aquilo. Quero aquele(a)



Não quero um ano novo cheio de paz, amor, sucesso, saúde, felicidade...

Como se alguém pudesse passar os longos 365 dias do ano assim. Proferir isto é, no mínimo falsidade, no máximo utopia.

Parem com isso.

Desejo a vocês muita luta, suor, calos.

Desejo o fim do MSN, ORKUT, SKIP e de tudo aquilo que nos proporciona um relacionamento frio, á distancia.

Que é pra quando você se lascar, não apenas digitar, e sim, me abraçar.

Podendo assim, comigo sempre contar.

Vai

Vai, vai com sonho exposto e lagrima no rosto.
Vai, vai com intensidade pra que seja pra sempre e lembrado em qualquer idade.
Vai, vai pra bem longe pra se certificar que o oceano é grande.
Vai, vai voando pra saber que o céu não tem fim e nem seus pensamentos em mim.
Vai, vai balbuciando dúvida de como é lá, só pra mode se fantasiá.
Vai, vai pra saber que lá é longe e que não da pra me ver nem de cima de um monte.
Vai, vai pra dizer ao mundo que você só está lá no centro do mundo pra gritar que você ama e é amada.

Vai, vai com pressa de se apressar em voltar,
Vai, vai pra ser intenso enquanto durar. Porque tem algo que vai durar pra ser intenso se a gente souber esperar.

Vai, vai porque toda ida tem sua volta e toda volta traz uma bagagem.
Vai, vai pra essa bagagem ter o peso e a medida do amor que a alfândega não suporte e nem possa calcular.

Vai, vai e vem porque estou te esperando e se concorda diga amem.

EGS
Junho de 2007

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O meu Saco.















Mais uma vez é natal. Vou aproveitar a oportunidade pra falar não exatamente do natal nem do Papai Noel, mas do saco desse personagem que, pelo menos pra mim, nunca foi lá essas coisas.

Nunca esperei o Papai Noel pela chaminé até porque morava no interior de São Paulo-Brasil e na cultura dessa cidade e pais respectivamente, não é costume as casas terem chaminé.

Não só por isso. Sempre fui, como diria meu pai, “véiaco”, e sabia que renas não voavam, aliás, nunca vi ou ouvi nada sobre elas exceto no natal. Agradeço ao meu pai que desde pequeno sempre me privou dessa estória de Papai Noel, seu saco e suas Renas.

But, eu nunca imaginei que um dia iria usar o saco do Papai Noel, ainda mais pra colocar umas sujeiras. Explico.

Como qualquer um pode ser um Papai Noel, disponho-me a tornar-me um, aqui e agora. Única e exclusivamente para botar as sujeiras dentro do saco vermelho, cor essa que segundo a minha amiga virtual de blog, Jú Machado, num de seus ótimos textos, trata essa cor como xexelenta.

E neste meu caso concordo com ela, pois, a seguir, esse meu saco além de vermelho, vai se encher de toda sorte de flagelos e moléstias que estão deixando o meu saco cheio, entupido, recalcado e sacudido.

Mas ainda bem que Papai Noel e seu saco só aparecem no fim do ano, da pra economizar com caçamba que é muito cara. Você já precisou de caçamba? Se precisou, sabe o quanto é caro se desfazer de entulho. Por isso, prefiro juntar tudo pra no fim de ano, colocar no saco e mandar pra PQP, (ponte que partiu. Entendam-me bem.)

Infelizmente começarei colocando no saco, pessoas. Ou pelo menos, aquilo que elas fazem, ou melhor, fizeram.
To cansado de quem diz: “te amo” irresponsavelmente, patrocinando a vulgarização da palavra. Gosto de uma música que embalou minha infância e até hoje ouço do excelente compositor João Alexandre que diz: “se não tivesse amor de nada valeria, fria e sem razão a vida então passaria”.

Vocês que me disseram “te amo” sem temor algum e hoje continuam “amando” no pior sentido da palavra, distância de mim! Amar é um sentimento que fora pai e mãe, construímos com outras pessoas, pra quem não quis trabalhar comigo nessa construção, fora! Pra me amar é preciso chorar comigo, sorrir comigo, me aconselhar, me respeitar...e mais infinitas coisas, isso mesmo, infinitas coisas! Tem gente que ama uma semana na outra odeia e na outra semana já matou. A mim não, comigo nunca, fora!

To cansado dos programas de televisão. Principalmente dos evangélicos. Tem um ai que ta me enchendo o saco, ele começou com duas horas no canal 21 agora ta integral, comprou o canal 26 e ainda faz uma “ponta” no canal 13. Tem outro que me manda colocar a mão no caroço, dando o óleo que cura, fechando os olhos que pouco vêem, pedindo a quem não tem. Cada vez mais espaço pra eles, cada vez menos espaço nas cabeças subdesenvolvidas.

To cansado dos políticos desse país. Um ano se passou e ainda me lembro de suas pilhérias. Vou me lembrar no dia do sufrágio. Mas logo penso: que força tenho eu sobre os 180 milhões de eleitores? Todos, em sua maioria, preocupados com o fim da novela ou quem comeu quem no BBB! A mim não, comigo nunca. Fora!
To de saco cheio daquelas músicas (se é que posso chamá-las assim), que quando ouço, grudam na minha mente, como um parafuso espanado, sem rosca, como um carrapicho!...ôpa! Carrapicho não!!! Tem uma banda com esse nome! Ai meu Deus já foi. E se você leu até aqui, compartilhe comigo nauseadamente, essa pérola que, da sua cabeça também não deve sair, a música do tal carrapicho...
Bate forte o tambooor!
Eu quero é tic, tic, tic, tic, ta! 2x
É nessa dança que meu boi balança,
E o povo de fora vem para dançar!2x


Vejamos: ele quer tic, tic, tic, tic, ta, quer ver o boi dele balançar e quer ver o povo dançar e o nome do compositor é Braulinho Lima!!!

Como diria o nordestino véio Alcino: “Ah! Uma vara de urtiga pra dá no quengo dum cabra desse!”.

Na boa, agora já deu! Lembrar dessa música as 01:30 da manhã, foi coisa do Caramunhão do Pé Preto. Não consigo mais escrever, ferrou!

E como diz aquela música do Roberto Carlos:

“...e que tudo mais....vá pro inferno!”

Pro inferno e pro meu saco que já encheu! Preciso de outro saco, até o ano que vem.

EGS