terça-feira, 16 de dezembro de 2008



Mesmo sabendo que a educação no Brasil quase não existe ainda me recuso a acreditar que coisas desse tipo acontecem.

Os mais filósofos poderiam dizer que não está errada, ou TÃO errada assim a resposta.

Eu tenho um grande amigo que além de filósofo se chama Gedeon. Não sei se ele é muito inteligente porque se chama Gedeon ou se chama Gedeon porque é muito inteligente.

Quando eu tive o privilégio de trabalhar com ele, creio que nada menos do que quase dez anos, sempre o ouvia dizer uma frase que sempre me digo quando vejo e não creio, dizia ele: "... nada é tão ruim que não possa ser piorado..." Isso, hoje, é uma verdade absoluta.

Quando eu era pequeno, nas ruas do interior paulista, bairro do Matão, isso mesmo, Matão, caímos na mesma história, nada é tão ruim que.....

Bueno, como estava dizendo, nas ruas deste bairro onde vivi por 6 anos, diga-se de passagem, os melhores da minha vida, existiam vários cães ou cachórros como diria meu amigo César.

Eram todos sem raça, de um extremo ao outro do bairro, vira-latas. O meu se chamava “Pingo” parecia-se comigo, este, nem raça tinha, não me atrevo nem a dizer que era um cachorro quanto mais um vira-latas porque já naquela época vira-latas já era uma raça.

Pois bem, naquela época eu já tinha chegado a conclusão de que cachorro de interior com aquele tipo de vizinhança que não convém detalhar aqui pela hilaridade que poderia vos causar, tinha medo mesmo era de pedra.

Nada causava mais medo em qualquer cão de qualquer tamanho ou raça, do que uma pedra. Mas o interessante mesmo de tudo isso, é que pelo fato de que os quadrúpedes já haviam levado tanta pedrada na vida, ou seja, na cabeça, que quando um ser humano de qualquer cor, raça ou idade fazia o movimento de quem ia pegar uma pedra no chão, os pobre coitados corriam, corriam, corriam e corriam até sumir na poeira das ruas de terra, penso que aqueles cães, mais do que qualquer morador torciam para a realização de um projeto asfáltico na vila.

E eles eram assim porque na escola da vida aprenderam que aquele movimento feito pelos homens, sendo ele para amarrar o cadarço ou de fato pegar uma pedra, a solução era mesmo correr, correr e correr.

Assim, até os cães do meu bairro aprenderam e encontraram o X da questão.

Um comentário:

Ju Machado disse...

Adorei os cachórros que queriam um projeto asfáltico! A gente é meio cachorro as vezes tbm. Passa o tempo e a gente já sabe de onde virá a pedrada na cabeça. Então vamos correr! Bejo!